Por Roberta Bicalho, sócia da FALCONI Gente
O processo de gestão de desempenho funcionará como um catalizador para a geração de melhores resultados e como um direcionador assertivo de carreira, alinhando as expectativas, tanto das pessoas quanto da empresa.
Colocar as pessoas certas nos lugares certos representa mais do que a habilidade de selecionar bem. Não que a seleção de pessoas não seja uma etapa fundamental, afinal é a porta de entrada das empresas. Contudo, garantir as pessoas certas nos lugares certos é resultado de um processo mais amplo, sistêmico e bem estruturado de gestão de pessoas. E este processo começa no desenho da estrutura organizacional alinhada à cadeia de negócio da empresa e ao seu plano estratégico de longo prazo.
Nesta estrutura, as posições devem ser bem definidas, com clareza de seus papéis e reponsabilidades, de forma que a somatória destes papéis atenderá as necessidades e os objetivos da organização.
Além da estrutura e da descrição dos papéis, é fundamental também que a empresa saiba para onde quer ir, fazendo o quê e de que forma. Em outras palavras, ter sua Visão (onde quer chegar; sua meta de longo prazo), fazendo o quê (sua Missão) e seus Valores (como) bem definidos.
Todos os fatores acima descritos são entradas para o processo de atração e seleção de pessoas, ou seja, precisamos ter claro qual a cultura da empresa, seus objetivos e necessidades estruturais e, assim, será possível selecionar pessoas que tenham, tanto aderência a essa cultura quanto expertise e/ou potencial para entregar o que é esperado.
Uma vez superada essa etapa, é preciso garantir condições para que as pessoas possam desempenhar de acordo com o esperado. Isso significa garantir condições de trabalho adequadas, capacitação necessária, ferramentas e sistemas, líderes preparados, metas e indicadores claros e bem definidos, assim como as competências essenciais e técnicas requeridas.
Então, a pergunta que gostaria de fazer é: Se garantirmos todos os pontos mencionados anteriormente, teremos as pessoas certas nos lugares certos? Pela minha experiência, posso afirmar que teremos percorrido metade do caminho, mas ainda não é tudo.
As organizações são organismos vivos, compostas por pessoas diferentes, num mundo globalizado, no qual tudo tem acontecido de forma muito rápida, e transformações são constantes, tanto internas quanto externas. Diante deste dinamismo, é preciso acompanhar o desempenho das pessoas de forma estruturada e sistemática, mantê-las constantemente desafiadas e orientadas por meio de feedbacks assertivos direcionando o desenvolvimento constante de competências e melhoria de resultados.
Este processo constante de gestão do desempenho das pessoas deve avaliar as contribuições individuais (resultados realizados versus esperados), a prática das competências (esperadas versus praticadas) e, em muitos casos, avaliar também o potencial, já que quando nos referimos a resultados e competências, olhamos para o histórico (realmente de seis meses a um ano) e, quando falamos em potencial, olhamos para o futuro.
Por meio da correlação destas variáveis (resultado, competência, potencial), é possível mapear o desempenho das pessoas. Profissionais com alta contribuição em resultados e alta aderência em competências estão bem posicionados. Já em uma situação oposta, é bem possível que a pessoa não esteja no lugar correto.
E é desta forma que nasce o Xadrez de Gente, que nada mais é do que fazer a gestão do desempenho das pessoas com metodologia, visando a identificar quem está no lugar certo, quem precisa de ajustes, quem deve ser promovido para qual posição, quem deve ser desenvolvido como sucessor de uma determinada posição, enfim, tomar as melhores decisões sobre pessoas no curto, médio e longo prazos baseado em fatos, dados, método e análises.
O que devo fazer como gerente?
Acredito que quanto mais os gerentes discutirem sobre as pessoas, mais conhecerão suas fortalezas e suas lacunas e, assim, irão planejar as movimentações de maneira mais assertiva, como em um jogo de xadrez, de acordo com as necessidades da empresa e potencialidades da equipe.
Dessa forma, o processo de gestão de desempenho funcionará como um catalizador para a geração de melhores resultados e como um direcionador assertivo de carreira, alinhando as expectativas, tanto das pessoas quanto da empresa. E expectativas alinhadas, vale lembrar, é sinônimo de felicidade e realização que é o que todos buscam, tanto as pessoas quanto as empresas.
Texto publicado na edição de agosto da revista O Papel.
FALCONI Gente
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